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Senado aprova PEC que garante importante simplificação de prestação de contas para os pequenos Municípios

Senado aprova PEC que garante importante simplificação de prestação de contas para os pequenos Municípios

Com a intenção de simplificar a burocracia fiscal e tributária em Municípios de pequeno porte, o Plenário do Senado Federal aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 57/2016, em primeiro turno, nesta terça-feira, 7 de maio. A proposta - que representa um importante avanço às gestões locais - objetiva garantir regras simplificadas e diferenciadas de prestação de contas aos pequenos Municípios e reforça a necessidade de tratamento diferenciado e simplificado para as Microempresas (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP).

A PEC ainda será discutida em três sessões antes de ser votada em segundo turno pelos senadores, e, se aprovada na segunda votação, seguirá para análise da Câmara dos Deputados. O texto estabelece que Lei Complementar definirá o conceito de “pequeno Município” e as normas simplificadas e diferenciadas que serão a eles aplicáveis quanto a prestação de contas, inclusive as relativas a convênios de cooperação técnica e financeira com outros entre federativos; e fixa a obrigatoriedade de especificação de tratamento diferenciado e simplificado das microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito das normas de caráter geral aplicáveis às empresas.

De acordo com o texto, uma Lei Complementar definirá as normas quanto a delegação de competência ao Estado em que estiver localizado o Município no que concerne à cobrança e a fiscalização dos tributos municipais. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) defende que cabe ao Município a competência de instituir e cobrar os impostos – tratados no artigo 156 da Constituição Federal (CF). Nesse entendimento, a entidade atuará para garantir, na redação da PEC, que essa delegação pelo Município seja opcional.

 

Ajustes
Ainda segundo a CNM, a definição de pequeno Município também pode estar no texto constitucional, e deve se referir as localidades com população de até 50 mil habitantes, conforme previsto na Lei 101/2000 de Responsabilidade Fiscal (LRF). Feitos os dois apontamentos, a entidade destaca que o avanço da matéria no Congresso Nacional representa um grande avanço no debate do pacto federativo e, com os devidos ajustes, a aprovação da PEC representa uma grande conquista para o movimento municipalista nacional.

Durante a apreciação da matéria, o relator, senador José Maranhão (MDB-PB), lembrou que maioria dos 5.568 Municípios tem como fonte de receita principal o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Por isso, Maranhão considera importante a simplificação de seus balancetes e suas prestações de contas e que estes entes passem a contar com a ajuda do estado onde estão localizados para iniciar a cobrança e fiscalização dos tributos de sua competência.

 

Destaque

Dentre os impostos de competência municipal estão: Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITBI), Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (CIP) e taxas diversas. E diversos senadores seguiram o mesmo entendimento, tanto que a PEC recebeu 68 votos favoráveis.

A Confederação reforça que ações que promovem tratamento diferenciado e simplificado para a melhoria da gestão das pequenas localidades são totalmente convergentes com as pautas do movimento municipalista. A entidade vai trabalhar, nas próximas semanas, para garantir os ajustes na redação, de forma a garantir os benefícios e a preservação da autonomia dos Entes municipais.

 

Da Agência CNM de Notícias, com informações da Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Ag. Senado

Da Agência CNM de Notícias