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CFC realiza workshop sobre as tendências apresentadas no Congresso Mundial de Contabilidade 2018

CFC realiza workshop sobre as tendências apresentadas no Congresso Mundial de Contabilidade 2018

Por Rafaella Feliciano com informações da Agência WCOA

 

A delegação do CFC, que participou do 20º Congresso Mundial de Contabilidade realizou, nesta quarta-feira (21), na sede do Conselho Federal de Contabilidade, um workshop sobre as tendências apresentadas no encontro internacional que aconteceu em Sidney, na Austrália, entre os dias 5 a 8 de novembro. Com o lema “Desafios Globais, Líderes Globais”, o WCOA (sigla em inglês) reuniu mais de 5.500 congressistas de mais de 115 países. Foram 153 palestrantes que ofereceram uma variedade de apresentações, debates, cases de sucesso e grandes reflexões sobre temas, como, confiança, ética, diversidade, sustentabilidade e novas tecnologias.

O presidente do CFC, Zulmir Breda, explicou que a ideia do workshop foi trazer para o Brasil as novidades mundiais para uma aplicação prática e teórica. Segundo ele, a tendência sobre a necessidade de capacitação dos profissionais da Contabilidade e adaptação às mudanças tecnológicas tornou-se um caminho sem volta. Ao comentar sobre os trabalhos do WCOA, Zulmir também afirmou que o trabalho do profissional da Contabilidade pode ser o caminho para um desenvolvimento sustentável das nações. “Está em nossas mãos a produção de informação justa e verdadeira. Se não fizermos isso, não seremos íntegros e não teremos reconhecimento e valorização da sociedade. Nós, profissionais da contabilidade, podemos salvar o mundo com ética e integridade. Basta querermos”, ressaltou.

Já o vice-presidente Técnico do CFC, Idésio Coelho, comentou sobre a palestra relacionada os escândalos contábeis que chocaram o mundo, ministrada pelos profissionais Diana B. Henriques e Michael Woodford, que compartilharam suas histórias pessoais e profissionais de grandes fraudes. Idésio explicou que os palestrantes consideraram os limites da desregulamentação, da denúncia de irregularidades, da proteção ao investidor, ou seja, sobre o papel do profissional da Contabilidade e de finanças na identificação e divulgação de corrupção e fraude. “A confiança cega sem questionamento não é boa para a ordem global. Precisamos de uma auditoria independente forte, regulação eficiente, autorregulação e governança. Precisamos, também, nos vigiar porque os grandes limites são ultrapassados com a conjunção de pequenos limites não respeitados”, disse.

Sobre Inteligência Artificial, quem trouxe o tema para o debate foi o vice-presidente de Desenvolvimento Operacional do CFC, Aécio Prado Dantas Junior. “O fator digital – IA automação e oportunidade”, a palestra foi ministrada pela especialista em inteligência artificial Ayesha Khanna, um dos painéis de destaque do Congresso Mundial de Contabilidade. Segundo Aécio, Khanna acredita que a IA não chegou para acabar com as profissões, mas para revolucionar seus caminhos. No entanto, Aécio afirmou que não é possível fugir das mudanças imediatas, como a automação de trabalhos rotineiros. Porém, ressaltou: “a inteligência artificial nunca substituirá os contadores do trabalho estratégico. Ela anuncia uma revolução que destruirá mitos, resolverá problemas, unirá pessoas, máquinas e governos em prol da sociedade. Ao invés de nos afastarmos, nós devemos nos aproximar da tecnologia e otimizá-la para a melhoria na qualidade e na produtividade dos nossos serviços”.

O vice-presidente de Registro, Marco Aurélio Cunha de Almeida, trouxe um panorama sobre um dos assuntos em destaque no mundo atual: “O fator humano: aproveitando a criatividade e a inovação”. Sir Ken Robinson, autoridade mundialmente renomada em criatividade e inovação em educação e negócios, falou sobre como eliminar o ruído de comunicação e criar espaços para soluções. “Precisamos de pessoas, pois nem só de máquinas se constitui uma sociedade. Nesse contexto, a inovação e a criatividade necessitam de espaço dentro dos negócios. As empresas devem repensar a diversidade se querem crescimento e sustentabilidade”, salientou Marco Aurélio.

 

Para concluir o workshop, a vice-presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina, Sandra Maria Batista, falou sobre “Riscos Globais e choques futuros”. Como as empresas sobrepõem os riscos globais aos riscos de negócios em um mundo em que ambos estão mudando continuamente? Sandra explicou que o painel foi composto por cinco especialistas, entre eles, Ban Ki-moon, então secretário-geral das Nações Unidas entre 2007 e 2016, que discutiram sobre os principais riscos do Relatório de Riscos Globais de 2018 e debateram estratégias de prevenção de longo prazo mais eficazes para que sejam implementadas pelos governos. “Riscos ambientais, aquecimento global, cibersegurança, tensões econômicas e geopolíticas. Se tivermos planejamento e consciência de prevenção, teremos um futuro mais próspero. E o profissional da Contabilidade está sendo chamado à mudança, dada a importância e o reconhecimento da classe para o desenvolvimento sustentável do mundo. Somos fator de proteção social e precisamos exercer esse papel”, concluiu.

Clique aqui e saiba mais sobre como foi o evento.

 

Fonte: https://cfc.org.br/sem-categoria/cfc-realiza-workshop-sobre-as-tendencias-apresentadas-no-congresso-mundial-de-contabilidade-2018/