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TCU recomenda que precatórios do Fundef não sejam utilizados para pagamento de professores

TCU recomenda que precatórios do Fundef não sejam utilizados para pagamento de professores

No mesmo dia em que parlamentares promoveram debate sobre a permanência e o aprimoramento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o Tribunal de Contas da União (TCU) protagonizou audiência pública sobre os precatórios do antigo Fundo, o Fundef.

 

Aos membros da Subcomissão sobre o Financiamento da Educação, a representante do TCU, Vanessa de Lima, lembrou que o tribunal vetou o uso dos recursos para pagamento de salários e passivos trabalhistas de professores, por acreditar que o dinheiro é extraordinário e não pode ser destinado a despesas permanentes.

 

Estimados em R$ 90 bilhões, os precatórios são referentes ao ressarcimento de verbas não pagas corretamente pela União na vigência do Fundef, entre 1998 e 2006. Pela lei, no mínimo 60% dos recursos do Fundo devem ser destinados para o pagamento de professores, mas a Confederação Nacional de Municípios (CNM) vem defendendo – inclusive em reuniões no TCU – que os Municípios tenham autonomia na destinação dos valores.

 

Diversas vezes, o Tribunal manifestou entendimento de que, por não serem permanentes, os recursos dos precatórios do Fundef devem servir apenas para investimentos em salas de aula e equipamentos, por exemplo. O impasse envolve a categoria dos profissionais de educação, que defende pagamento, com essa verba, de salários, atuais e atrasados.

 

O Supremo Tribunal Federal marcou para 12 de junho o julgamento de algumas ações relativas à destinação dos recursos dos precatórios do antigo Fundef. A CNM, representando o movimento municipalista, acompanha os debates e decisões, com o objetivo de defender a atuação autônoma dos gestores locais e o cumprimento das políticas públicas, que passa necessariamente pelo financiamento federal.

 

Da Agência CNM de Notícias com informações da Agência Câmara